Como criar uma PET
A PET é um documento assinado antes de cada entrada de trabalhadores em espaços confinados, e refere-se exclusivamente a uma entrada. A permissão deve ser preenchida em três vias e assinada pelo supervisor de entrada, pelo vigia e pelo trabalhador.
A NR 33 traz em seu Anexo II um modelo de Permissão de Entrada e Trabalho, que deve ser adaptado às peculiaridades da empresa e de seus espaços confinados conforme detalhado na análise de risco.
Alguns pontos importantes:
- A PET deve ser preenchida, assinada e datada antes do ingresso de trabalhadores em espaços confinados
- A empresa deve manter um sistema de controle que permita a rastreabilidade da PET
- Cópias do documento devem ser entregues para um dos trabalhadores autorizados e ao vigia
- Não é permitida a revalidação de uma PET.
Capacitação dos trabalhadores
O treinamento de todos os trabalhadores é algo que não pode ser deixado para a última hora. A NR 33 é muito clara sobre essa obrigatoriedade, sendo "vedada a designação para trabalhos em espaços confinados sem a prévia capacitação do trabalhador."
Além disso, o empregador deve desenvolver e implantar programas de capacitação sempre que ocorrer:
- Mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho
- Algum evento que indique a necessidade de novo treinamento
- Quando houver uma razão para acreditar que existam desvios na utilização ou nos procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os conhecimentos não sejam adequados
Outros cuidados
- É necessário realizar uma medição constante de gases para detectar riscos atmosféricos.
- Antes de cada entrada é preciso conferir se os meios para acionamento do serviço de emergência estão disponíveis; isso é extremamente importante, pois sempre existe o risco de acidentes e o resgate precisa ser imediato.
Checklist de EPIs
Antes que o trabalhador entre em qualquer espaço confinado, é primordial conferir uma lista de equipamentos de proteção individual (EPI) para que ele esteja 100% protegido. Como cada operação possui riscos próprios, listamos aqui alguns tipos muito importantes de EPIs - mas ATENÇÃO: sua lista deve ser definida de acordo com a Análise de Risco correspondente.
Proteção Respiratória:
Dependendo da análise de risco, do tipo de espaço confinado (entrada muito pequena ou ventilação insuficiente, por exemplo) e do tipo e duração do trabalho, o trabalhador pode precisar de proteção respiratória considerando as seguintes opções:
- Respirador de linha de ar com cilindro de fuga com sistemas de fornecimento de ar respirável
- Equipamento autônomo de proteção respiratória
Observação: A comunicação com o trabalhador dentro do espaço confinado é extremamente importante. Para isso, busque opções de comunicadores integrados aos EPIs em uso.
Detector de Gás Portátil:
- Para a liberação do espaço confinado e a medição contínua do ambiente durante o trabalho, é preciso usar um detector de 4 gases (O2, H2S, CO, LEL).
- Esse detector deve ter a opção de funcionar em modo de sucção (funcionamento com bomba para liberação do espaço confinado) e de difusão (quando usado pelo trabalhador dentro do espaço).
Trabalho em altura:
Em termos de proteção contra quedas, o acesso a um espaço confinado exige, pelo menos:
- Um ponto de ancoragem seguro, normalmente um tripé ou monopé
- Cinturão estilo paraquedista com um bom apoio nas pernas, ponto de ancoragem peitoral e/ou alças de acesso a espaços confinados
- Guincho e trava-quedas retrátil e um sistema de resgate de back-up
Outros EPIs:
Dependendo da análise de risco, os trabalhadores envolvidos no trabalho em espaços confinados (incluindo supervisor e vigia) podem precisar também de outros tipos de EPI, como para proteção auditiva, visual e de cabeça e face.
E atenção com a qualidade dos EPIs, sua durabilidade, peças de reposição, número do Certificado de Aprovação (é obrigatório!) e se eles estão em conformidade com as normas de segurança: tudo isso faz muita diferença.
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